MACACO BONG

A quem interessar possa:

Artista Igual Pedreiro é disquinho gratuito dos cuiabanos do Macaco Bong disponível no site da Trama. Rock instrumental de primeira!

mp3: Macaco Bong - artista igual pedreiro (album completo)
mp3: MacacoBong - belleza

VÔMITO DE OURO

Pãrãrã Pã-rã-rã Pãrara Pã-rã-rã!

Santogold, a voz mais bacana do pop atual, além de gravar uma parceria com o N.E.R.D [e motherfucker produtor da pesada] Pharrell mais o vocalista dos Strokes [e, nas horas vagas, filho sortudo do dono da Elite Models] Julian Casablancas para uma campanha encomendada por nosso querido, furado e imundo All Star Converse [comemorando o aniversário do clássico modelo Chuck Taylor], também aliou forças com o DJ Diplo para produzir uma versão meio eletro-indiano-reggae de Guns Of Brixton do The Clash batizada de Guns Of Brooklyn.

O vídeo "origami" do tal Pãrãrã Pã-rã-rã viciante para a Converse, a cover do Clash e outros mp3 da Santo você confere na sequência:

MY DRIVE THRU

mp3: Santogold & Julian Casablancas & N.E.R.D - my drive thru

mp3: Santogold & Diplo: guns of brooklyn

mp3: Santogold & Spank Rock- Shove It

górfa, minha filha!

Qualquer semelhança com a MIA é méra coincidência.

mp3: Santogold + MIA - immuzikation

COM VOCÊS, THE NATIONAL

Putaquilamerda!

Lembra aquela lista de supostas atrações internacionais quer teremos no país? Pois é, tem mais! Além do Dandy Warhols e Futureheads no Indie Rock, um sujeitinho fofoqueiro, linguarudo e lazarento do Globo On Line coloca na roda [sem malicia, filho] o sensacional The National como mais uma banda à se apresentar no Tim Festival. Oh boy! Espero que a fonte do Cuenca estaja certa.

mp3: Alligator (album completo) mp3: Boxer (album completo)

Estes são os 2 últimos trabalhos do grupo, Alligator e Boxer, que figuraram nas listas de melhores do ano de 2005 e 2007. A voz grave e melancólica de Matt Berninger somada às cacetadas secas de bateria e melodias de guitarra ora carinhosa, ora agressiva, te colocam na solidão dos bares esfumaçados de hotel refletindo nas pequenas tragédias da vida. Música para amantes e pecadores.

"Mais um drink, por favor!"

mp3: all the wine

mp3: fake empire (virginia ep)

mp3: blank slate (virginia ep)

THE NATIONAL - Mistaken For Strangers

LANGLEY SCHOOLS MUSIC PROJECT

Dias atrás , tentava ressuscitar uma velha HD bichada e me surpreendi ao encontrar alguns arquivos musicais do tempo em que o soulseek dava uma bela contribuição para minha mp3teca. Tinha coisa de 7 anos atrás, mas o que me alegrou foi reencontrar um som que me chamou atenção na época pela beleza e história curiosa. Me senti obrigado á dividir com vocês:
Hans Fenger é um professor de música fissurado em canções pop da década de 60 e 70 que lecionava em escolas da região de Langley, pequena cidade na região rural ao sul de Vancouver, Canadá. Seu amor pela música era tanto que resolveu apresentar aos alunos discos de David Bowie, The Carpenters, Beach Boys, Beatles, ... e montar um coral com a molecada de versões das faixas que elas mesmas escolhiam. Batizou a idéia de Langley Schools Music Project, pegou aproximadamente 60 pirralhos, montaram seus próprios instrumentos, descolou o ginásio do colégio e gravaram 2 fitas com o registro, uma em 76 e outra no ano seguinte. Como Fenger não buscava dinheiro nem fama, as tapes ficaram guardadas em sua casa e só as próprias pessoas da comunidade tinham conhecimento do material até chegar, já em 2001, aos ouvidos Irwin Chusid, DJ e historiador musical que se emocionou tanto com o que escutara que resolveu mostrar aquelas jóias ao mundo. Com autorização de Fenger e das já adultas crianças, compilou os originais em um disco nomeado “Innocence and Despair” [descrição dada pelo professor à interpretação de “Desperado" feita pela garotinha Sheila Behman, de nove anos] e o resultado é mesmo de chorar.

The Long and Winding Road, God Only Knows, Calling Occupants Of Interplanetary Craft, Space Oddity [que tem um slade com uma garrafa de Coca-Cola de arrepiar até os pêlos do nariz] colocam qualquer marmanjo com lágrima nos olhos.

Um comentário do Kid Vinil foi que ele quase bateu o carro ao ouvir o disco pela primeira vez. Por sorte ele não estava descendo a rua Augusta à 120 por hora.

mp3: space oddity. (original: David Bowie)

mp3: desperado (original: Eagles)

Aqui estão os links para baixar o raro Innocence & Despair completo:
mp3: innocence & despair
mp3: innocence & despair [link alternativo]

http://profile.myspace.com/langschool

Com a mesma ideia mas no inverso, o Young @ Hearts é um simpático coral de velhinhos. Veja aqui suas versões para Six You do Cold Play e Schizophrenia do Sonic Youth

THE TING TINGS AND OTHER THINGS

Os "powers trios", tão cultuados no rock, parece ter dado espaço para os duos. Desde o aparecimento e o sucesso do White Stripes, não param de aparecer bandas de apenas 2 integrantes que economizam na formação mas somam na criatividade [e na divisão dos lucros]. Numa pequena lista de exemplos temos: Death From Above 1979, Kills, Fiery Furnaces, The Dresden Dolls, Blood Red Shoes, Raveonettes, Everything But The Girl, Mates Of State... mas existe uma duplinha do momento, e não são os Brothers Of Brazil [ufa!] e sim os The Ting Tings. A voz marcante de Katie White [qualquer coincidência é mera semelhança] e as batidas dançantes de Jules De Martino são a nova aposta da imprensa britânica que adora jogar confete em disco antes de ver o resultado. A verdade é que, mesmo sem nada de estraordináriamente novo, We Started Nothing , lançado estes dias por eles é bem legal. Indie-electro-rock animado que já desbancou até a titia Madonna na parada de singles na terra da Rainha com a canção That's Not My Name e colocou a Shut Up And Let Me Go na trilha do comercial do iPod. Aqui não vende iPod, né. Por tanto não passa comercial, então espia só:


Um belo empurrãozinho tendo em vista que as campanhas da Apple já bombaram bandas como The Fratellis e Cansei de Ser Sexy [ou CSS ou Cansadas, wharever...] experimeta aí e, se passar no teste "carinho aos ouvidos", pega o disco todo.

mp3: great dj
mp3: shut up and let me go
THE TING TINGS - That's Not My Name

O disco completo:

MP3: We Started Nothing (via movethatjukebox)

SPANK ROCK

Yo!
O Hip Hop sempre foi um dos movimentos mais criativos musicalmente. Essa capacidade de criar e se reinventar acabou dando origem ou influenciando várias outras vertentes sonoras que nem vou listar aqui porque sei que vocês já estão por dentro de quais são elas, porém, a verdade é que o estilo anda meio engessado desde alguns produtores tipo Timbaland e Pharrell, considerados Midas, dominaram o mercado fonográfico lá pelo final dos 90. De Snoop Dogg até Shakira, são poucos na temática que emplacaram algum sucesso sem o dedinho de um desses caras.
A fórmula de colocar batidas menos pesadas, ritmo lascivo, clipes cheio de suor e gostosas, letras com traições sexuais, putas e cafetões conseguiu dominar as paradas de sucesso ao lado nossos keridus miguxos xorosus, os emos. Tudo muito bom, tudo muito bem, mas... Já deu no saco! E aposto 20 miréis que no seu também! Até uma rádio por ai que se dizia rock, hoje só toca esse tipo de som e aí, quando você vê que só nos resta tirar o pó dos vinis e matar a saudade dos tempos de Public Enemy aparece, lá das famosas festas underground de pegação de Baltimore*, o Spank Rock!
Uma mistura do Rap Old School, electro, grime e funk de batidas secas, barulinhos e uma levada que faz você sacolejar de um jeito diferente. As letras libidinosas estão lá, só que eles trazem a sacanagem até o público e tiram sarro das celebridades e outros artistas da cena [Lindsay Lohan até faturou uma singela musiquinha em sua homenagem] como foi visto vo Tim Festival do ano passado.
Lançado pela Big Dada, YoYoYoYo é o álbum dos caras que saiu no final do ano passado. Simples, eficaz e cheio de pecado. Ouça e você vai imaginar uma suruba em um fliperama! Freak Nasty!

steaming: sweet talk

mp3: backyard betty [via humidhaney]

mp3: bump

mp3: sweet talk [quarterbar remix 2]

Spank Rock - rick rubin

*A cidade americana também é sede da turma do Animal Collective e The Metal Hearts que estão nas listas de promessas do ano. Vai lá e veja se é mesmo.

3 NO UNIVERSO DAS MULHERES

Em meio à louças por lavar e meias sujas jogadas no apartamento que dividem quando estão em São Paulo, os músicos Pupillo e Dengue da Nação Zumbi e Rica Amabis do Instituto bolaram o projeto 3naMassa onde o universo feminino é explorado de forma peculiar. O conceito é os seguinte: inspirados pelos desenhos eróticos de Milo Manara e Carlos Zéfiro e as músicas de Serge [Je't Aime] Gainsbourg, os três e mais 10 amigos [Jorge du Peixe (Nação Zumbi), Lirinha (Cordel do Fogo Encantado), Junio Barreto, Rodrigo Amarante (Los Hermanos), Bacteria (Mundo Livre), Fernando Catatau (Cidadão Instigado), Felipe S e Marcelo Campelo (Mombojó), China e o jornalista Alex Antunes] escreveram letras usando o ponto de vista de como se fossem garotas relatando experiências amorosas [naquele esquema que Chico Buarque faz] mas, claro que pra parecer pura viadagem de um bando de cuecas cantando como meninas, as interpretes são 13 atrizes e cantoras para adicionar o toque feminino a produção realmente precisava.

Leandra Leal, Simone Spoladore, Thalma de Freitas, Céu, Alice Braga, Karine Carvalho, Pitty, Nina Becker, Cyz, Geanine, Nina Miranda, Karina Falcão e Lurdes da Luz são as musas escolhidas pelos autores [muitas delas suas respectivas amasiadas] para dar voz às canções compostas em clima de cabaré e rechear as 13 faixas do Confraria Das Sedutoras de sussuros, gemidinhos e sensualidade que irão com certeza te fazer um afago carinhoso ao pé do ouvido.

Ah, essas mulheres!

mp3 prévia: 3naMassa - doce guia (com Céu) [via jornalopovo]

mp3 prévia: 3naMassa - pecadora (com Simone Spoladore) [via jornalopovo]

mp3 prévia: 3naMassa - lagrimas pretas (com Pitty) [via jornalopovo]

myspace 3naMassa

mp3: Confraria Das Sedutoras [cd completo]

MESSER CHUPS

VOCÊ! VOCÊ! E TODOS VOCÊ!!!
Imagine um filme B pornô de vampiros surfistas no velho oeste. Conseguiu? Um desse nem os malucos freak da Troma Films [exibidos por aqui no extinto e narcotizado Contos de Thunder] pensaram, mas a trilha sonora perfeita para uma produção dessas existe e chama-se Messer Chups. O duo de malucos russo [desculpe-me a redundância] Oleg Gitarkin e Zombi Girl são responsáveis por essa indescritível mixórdia musical num grau de bizarrice só possível numa colisão entre Ed Wood, The Cramps, um teremin e vodca contaminada. Achou bizarro? E é mesmo! Um exemplo do tamanho da doença da dupla é a "Anton La Vey 66.6 FM". A música é uma releitura surf de "Gloomy Sunday", canção húngara maldita que levou 17 pessoas ao suicídio durante a década de 30 de tão tristonha. Cruzis!

Ironias a parte, o surfgaragerock do Messer Chups é realmente muito divertido justamente pela adição dos sintetizadores, loopings de gritos, gemidos e samples dos filmes kinky de horror sci-fi dos anos 60 na dose certa da loucura apropriada. Humor passando longe do escracho. Bom tanto pra festinhas de crianças malvadas no dia das bruxas como para chapações coletivas entre amigos.

Como diria o zunhudo Zé do Caixão:
"E QUE OS INSETO DA FACE DA TERRA COMA TODOS OS SEUS MI-Ó-LO SE VOCÊ NÃO OUVIR AS MÚSICA!
E NÃO É PRAGA DE MÃE!"

Medo!

mp3: super megera [via uskidsknow]

mp3: devil out fashion

MP3: hyena safari [disco completo] [via blogdonirso]

MESSER CHUPS - Hexe Chips

Visite: www.myspace.com/messerchups

MGMT

O MGMT [abreviatura de "Management"] são dois garotos do Brooklin, NY que, ao contrário da grande maioria das bandas novas, não usaram a internet como principal meio de divulgação. Também pudera, só de assistir a algum vídeo dos caras [também não vamos exagerar, eles estão no youtube] é possível perceber que modernidade, no sentindo literal da palavra, não é o forte. Aparentemente.

O disco Oracular Spectacular tem ótima produção do mesmo cara que trabalha com o Flaming Lips e Mercury Rev e está cheio emuladores, glam, electropop, psicodelia, folk, space rock, coisas que lembram todas as décadas desde os 60, tudo misturado e gravado no talo. É tão maluco que acaba soando diferente de toda essa onda de grupos que usam "fórmula", ou seja, É moderno!
No entanto, eu posso estar confundindo ousadia com tosquice. Um exemplo é o lisérgico clipe de Time To Pretend que, entre algumas coisas que compõem a poluição visual estão explosões de golfinhos, surf interplanterário, viagens no tempo, exercito romano, índios, filmes épicos, gatos gigantes, monstros da 5ª dimensão e letra com nada a ver com a historia [fala do estilo rock star de viver: esquecer da família, se drogar, comer modelos gostosas e se afogar no próprio vômito]. Miscelânea sem sentido algum que torna a coisa... legal pracaraio!
Opa! Estou me contradizendo de novo. Pra entender é melhor ouvir porque o MGMT é justamente isso.
MGMT - Time To Pretend

streaming: weekend wars

mp3: time to pretend [via yellowstereo]
mp3: electric fell [via yellowstereo]
mp3: boogie down [fakepennycomic]
e a viagem de ácido que é a webpage.

BROKEN SOCIAL SCENE

Inicialmente um duo, o coletivo canadense Broken Social Scene foi formado por Kevin Drew e Brendan Canning que, logo após o lançamento do cd de estréia, Feel Good Lost, sentiram que se fossem adicionadas diferentes idéias e estilos ao experimenento a coisa ficaria muito mais divertida. O caráter despretencioso do BSS abriu espaço para que amigos de outros projetos completamente distintos como Metric, Stars, The Dears, A Postle of Hustles e até a encantadora Leslie Feist fossem agregados para a gravação do cd seguinte. O que parecia que ia se tornar uma verdadeira festa do caquí resultou numa poderosa e interessante jam session que chegou a ter 16 integrantes!

1, 2, 3, 4, 5... perdi a conta.

Os álbuns You Forgot It In People e Broken Social Scene são uma viagem musical intensa. Mesmo ouvindo constantemente uma coletânea que montei, não consegui sacar qual é a do som da banda. Tem rock, tem folk, tem pop, experimentalismo, tem lounge e até uma levadas rap em algumas músicas. Essa putaria entre estilos e falta de estrutura linear entre os instrumentos e vocal consegue, no final das contas, fazer todo o sentido. Dá pra dizer que é um grupo de indie rock tocando como se fosse jazz.

BROKEN SOCIAL SCENE - Cause=Time

mp3: 7/4 shoreline (live)

mp3: swimmers [via alphafemelebravo]

mp3: pacific theme [via criticalconsumption]



mp3: Broken Social Scene álbum completo

EXPLOSIONS IN THE SKY

Grupo de post-rock instrumental de Austin, Texas.
Post-rock, filhinho é tipo Mogwai e Stereolab, saca? Rock cabeça. Pura viagem! Acomode-se no sofá, aperte o play e vai!

mp3: memorial [via temporaryresidence]

mp3: your hand in mine (goodbye) [via musicwarship]

First Breath After Coma

mp3: All Of A Sudden I Miss Everyone
último disco completo

VAMPIROS DO FIM DE SEMANA

Todo início de ano as publicações musicais tentam adivinhar qual banda será a grande sensação dos próximos meses. Geralmente elas acertam, pois são o principal canal de informações entre a banda e público e as atenções são viradas para a "aposta" dos criticos.

Parece que as fichas deste ano são para o Vampire Weekend que acaba de lançar seu primeiro disco oficial pela XL Records [gravadora dos, digamos, formatos solidos dos trabalhos do Radiohead]. O grupo é formado por 4 estudantes novaiorquinos que tocam um rock indie inspirado em pop africano. Hã!? Isso ai, mesmo que você leu: pop africano! A gente aqui tá acostumado a chamar isso de world music desde que Paul Simon colava por aqui [e nos deixavam "por-aqui!"] pra fazer um barulho com o povo do Timbalada.

Outro cara que bebeu dessa mistura, como todo mundo bem sabe, foi David Byrne, e ai você pensa: "será então que essa banda é tipos... um Talking Heads muderninho?" Bão, mai-o-meno.

Escutando o disco, dá pra perceber que, além de afro-pop, os rapazotes colocaram muito da new-wave britânica e de ska do tipo que o Clash fazia, deixando a coisa toda bem original, dançante e divertida. Cría que só esses tempos de troca de música pela internet pode proporcionar. Por esse lado, o Vampire Weekend até que é uma boa pedida de banda-que-você-vai-escutar-bastante-esse-ano. Pode começar agora:

mp3: A-Punk

mp3: Oxford Coma

video: Mansard Roof

mp3: Se gostou, o disco completo do Vampire Weedenk está aqui.